segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tá valendo - SC em cena

Eles podem não ser tão independentes assim, mas não há como deixar passar batido quando em menos de 10 dias três produções catarinenses são notícias no Estado, fora dele, e além das fronteiras marítimas.

Ontem foi noticiado pelo blog da colunista Juliana Wosgraus que o documentário "Espírito de Porco", de Chico Faganello e Dauro Veras, recebeu, no sábado, o prêmio especial do Júri Internacional na 15ª edição do Festival Internacional de Cinema Ambiental de Seia (Cine'Eco), em Portugal. Realizado com um prêmio de R$60.000,00 através do Edital da Cinemateca Catarinense, traça de uma forma sistêmica e irônica o impacto que a suinocultura exerce no cotidiano e no meio ambiente do oeste catarinense. As imagens concebidas durante 3 anos de filmagem resultaram em 52 minutos de narrativa suína, já que toda a questão é levantada pelo ponto de vista do porco e por ele discorrida. Segundo Dauro Veras, a intenção foi abordar questões políticas mais amplas e assim, "tentar fugir do planfetarismo animal".

Enquanto isso, pesquei lá no blog do Marquinhos Espíndola que, em Nova York, será exibido essa semana, o documentário "Sem Palavras", da jornalista e cineasta catarinense Kátia Klock. A exibição faz parte do calendário do Brazilian Film on Thursday, uma instituição que objetiva a divulgação de filmes brasileiros em plena N.Y., através da exibição e promoção de debates sobre os mesmos. O documentário é um relato de alemães que viveram os anos 40 em Santa Catarina, quando tendo o Brasil entrado na Segunda Guerra Mundial, os germânicos que aqui estavam viram-se perseguidos e proibida a sua língua materna.

Por fim, "Beijos de Arame Farpado", filme de Marcos Martins e que dá sequência ao curta "Veludo & Cacos de Vidro", estreará em São Paulo, na Cinemateca Brasileira, agora no início de novembro. Na verdade ambos fazem parte de uma trilogia, cuja parte final, segundo Loli Menezes, da Vinil Filmes, ainda não foi concebida. O filme trata da história de dois marginais, Veludo (Julie Christie) e Cacos de Vidro (Renato Turnes) e tem como referência o cinema brasileiro dos anos 70.

                                                                                                                              por Dani Pacheco

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